7.3.12

Bio parte 2


Meu primeiro skate de verdade não se chamava skate ainda, e sim Sidewalk Surfboard. Era um Nash, que consegui comprar de um garoto americano que frequentava a Fortaleza São João, na Urca, junto com os pais, pois o pessoal que trabalhava na Consulado Americano ia jogar baseball no Forte nos fins de semana. Era um skate com madeira laminada e com clay wheels que comprei por 13 cruzeiros e um cinto, que o moleque gostou e insistiu em ter. Nessa época eu andava no Forte, no quarteirão de casa e na São Sebastião, que para quem não sabe, é a primeira rua do Rio de Janeiro.
O pior é quando as bilhas saiam das rodas! O skate ficava encostado por um tempo, até eu ir na loja de bicicleta comprar bilhas para colocar no skate e poder andar de novo.
Em 1970, com 15 anos fiz a minha primeira viagem para a América. Fui com uma tia e acabei ficando um mês em Santa Monica, à 6 quadras da praia. Minhas primeiras aquisições foram uma prancha de surf Natural Progression, uma Twin Fin - uma novidade para a época, e um par de eixos de skate com rodas, que prendi numa tábua que tinha na casa da minha tia. Este skate virou o meu meio de transporte local para a praia e vizinhança. Surf era o que eu curtia e estava sempre na praia ou viajando em busca de ondas.
Acabei indo morar em Saquarema para surfar e trabalhar com pranchas de surf. Montei a Surfcraft, onde fazia os encapamentos de muitos dos shapers da área, como o Mudinho, Claudio Mendonça e Zé Mudo. O skate só rolava numa calçada na casa de um amigo, ou nas viagens de volta pro Rio, com as sessions na Cobal ou na famosa ladeira Cedro.
Em 1976 uma série de acontecimentos foram cruciais para que eu trocasse de vez o surf pelo skate.



Continua?!?!

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